terça-feira, 19 de outubro de 2010

DEM+PMDB II

Há dois dias, Maria Inês Nassif publicou, no Valor Online, este artigo.

Crédito pelo furo dado a ela, mantenho meu furo a respeito do DEM não estar aceitando novas filiações. (E depois se perguntam por que declinam...)

A celeuma é basicamente sobre horário na TV e fundo partidário, mas o DEM se esquece de um pequeno detalhe: o crescimento em SP não se deve somente ao apoio de Serra, mas ao descontentamento do eleitor mais esclarecido em relação ao governo petista e ao progressivo esclarecimento das pessoas sobre o Movimento Comunista Brasileiro.

As alianças do PT estão escancaradas como nunca estiveram: FARC, Chávez, Ahmadinejad, etc. O Foro de São Paulo finalmente, após 16 anos, apareceu na grande mídia, a hegemonia socialista é evidente nas eleições. Quem tem um mínimo de esclarecimento e não está totalmente condicionado ao pensamento coletivista percebe isso e só com muita falácia se consegue sustentar a tese do "mal neoliberal".

A questão é clara: manter a linha ideológica e perder fundo partidário e tempo na TV ou fundir-se ou incorporar-se a outro partido maior?

Pessoalmente, fico com a primeira opção: manter bravamente a linha capitalista, liberal e de direita e contar com os "avanços" do bolivarianismo.

Na minha caminhada até o diretório, vi duas manifestações petistas na rua, às quais sinalizei com o polegar pra baixo e sinal de "vaza", crispando os dedos. Mas eram duas mobilizações após um debate vergonhoso da candidata petista. A militância petista é organizada, tem grana e poder.

Por outro lado, consegui vários votos para o Ricardo Salles apenas com os argumentos liberais e a ajuda do PT, com o tanto de cagadas que eles fazem.

Jogar a toalha em troca de tempo na TV e fundo partidário não é garantia de sobrevivência - pelo contrário - é sinal inequívoco da covardia e timidez da oposição ideológica brasileira e a prova de que Lula, pela primeira vez, cumpriu o que prometeu: extirpou o DEM da cena política.

Querem fusão, democratas, ex-liberais? Esperem a fusão PT-PSB-PDT-PSOL-PSTU-PCB-PCdoB-PR. Aí sim, será o fim, não só do DEM ex-PFL, como da oposição ao bolivarianismo, ao Foro de São Paulo, em suma, ao Movimento Comunista Brasileiro.

Se tal configuração está tomando forma, uma polarização entre marxistas revolucionários e socialistas reformistas vai despontar, hegemônica, no cenário político-partidário brasileiro. Vai sobrar o que foi DEM um dia diluído entre PMDB-PSDB-PPS-PSL-PP.

É o pensamento de curto prazo e a insegurança que ferram o DEM. Mantenham as fileiras conservadoras coesas e unidas através dos exemplos dos grandes medalhões que compõem o DEM atualmente, como a senadora Kátia Abreu, o candidato Índio da Costa (eu, por exemplo, vou votar nele, não no Serra), Demóstenes, etc. e incorporem os nomes de peso do pensamento liberal-conservador-anti-comunista como Bolsonaro, Anastasia, Ciro Moura, etc.

Vão se aliar a socialistas-fabianos (PSDB)? Ao ex-PCBão (PPS)???? Os fisiologistas do PMDB certamente parecem menos ofensivos não fosse o pequeno detalhe de que o vice da Dilma é o Temer.

Aliar-se a eles seria assinar um atestado de rendição e chancelar a fala de Lula - o DEM, ex-PFL, estaria oficialmente "extirpado".

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