quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Maldito PIG

A militância socialista usa o argumento de que a mídia é de direita, conservadora e contra o PT (e demais partidos socialistas). O próprio termo "PIG" (Partido da Imprensa Golpista) foi cunhado pelo irrelevante Paulo Henrique Amorim com este propósito.

Começaremos uma série que buscará desmistificar essa falácia da "imprensa golpista", mostrando que, ao contrário do que os blogueiros sustentados pelo governo propagam, a imensa maioria da imprensa tende a apoiar o ideário esquerdista. Não só a imprensa como nos meios culturais e acadêmicos, a hegemonia socialista é evidente e o termo "PIG" é apenas uma peça de propaganda. O próprio fato de haver blogueiros fartamente financiados com dinheiro de estatais já evidencia a contradição dessa propaganda.

Essa série pretende provar que a hegemonia esquerdista concentra-se na imprensa, que a usa como meio de divulgação de seus "salves", das ordens de comando formuladas nos altos escalões e transmitidas à militância menor (menor em importância, não em número).

Para começar, nada como uma peça de propaganda digna dos melhores marqueteiros a respeito de um assunto atualíssimo: a prisão dos mensaleiros. Veja como o Estadão ilustrou o martírio e sofrimento desse grande herói petista. Repare na seção "veja também", onde 3/4 das chamadas fazem parte da campanha orquestrada para a soltura do Genoíno.

'Estou vivendo tudo aquilo de novo', diz Genoino

Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, ex-presidente do PT chora ao rever companheira e lembra do cárcere na ditadura

20 de novembro de 2013 | 13h 50


Vera Rosa - O Estado de S. Paulo
Brasília - Na prisão desde o último dia 15, o ex-presidente do PT José Genoino está quase sem voz. Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no escândalo do mensalão, o deputado licenciado do PT queixa-se de dor no peito e tem agora o olhar apagado, como se estivesse mirando um ponto fixo.
"Baixinha, quando eu cheguei nessa prisão senti que estava vivendo tudo aquilo de novo", disse ele a Rioko, sua companheira há 40 anos, segundo relato da filha mais velha do casal, Miruna Kayano Genoino.
"Aquilo" é uma referência ao cárcere da ditadura, quando Genoino foi capturado pela polícia após participar da Guerrilha do Araguaia, nos anos 70. Foi naquela época que conheceu Rioko, prisioneira e torturada como ele.
"Depois de 40 anos, meu pai e minha mãe se reencontraram numa cadeia", afirmou Miruna, com a voz embargada. "Todos nós choramos muito."
Mesmo nos dias de visita no Complexo Penitenciário da Papuda, Genoino nem de longe lembra o homem que se apresentou à Polícia Federal, em São Paulo, com o punho erguido e gritando "Viva o PT!", num gesto de resistência.
Dividindo a cela "S 13" com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-deputado do PTB Romeu Queiroz e o ex-secretário de Finanças do PL (hoje PR) Jacinto Lamas, ele passa a maior parte do tempo quieto.
Submetido há quatro meses a uma cirurgia para dissecção da aorta, Genoino toma vários remédios diários. Por recomendação médica, deve ter uma dieta com menos sal e precisa fazer exames periódicos para controlar a coagulação do sangue, porque sofreu um AVC em agosto. Nesta quarta-feira mesmo passou por novos exames, mas médicos do presídio admitiram não haver ali condições para dar a ele os "cuidados específicos" mencionados no laudo do Instituto Médico Legal (IML).
"Nesse momento, não estamos lutando para discutir o julgamento do Supremo Tribunal Federal. Pedimos e imploramos pela prisão domiciliar para o meu pai por uma questão de saúde. Todos os dias a gente acorda e não sabe o que vai acontecer com ele", desabafou Miruna.
"Enfermeiros". Dirceu e Delúbio fazem as vezes de enfermeiros no cárcere. Antes de ser transferido para o regime semiaberto, no Centro de Internamento e Reeducação da Papuda, Genoino chegou a tomar água de torneira. "Você não pode beber isso", afirmou Dirceu, que pediu água mineral para o companheiro de cela. Foi atendido.
Ele e Delúbio também notaram que o ex-presidente do PT tossia com sangue e trataram de avisar o diretor do presídio. "É emocionante ver como Zé Dirceu e Delúbio estão cuidando do meu pai", contou Miruna.
Para ela, tudo ali remete aos tempos da ditadura. Até mesmo a água. Nos anos 70, Genoino recebeu choques elétricos na cadeia e passou sede. Desfalecido, implorou pela água durante horas, até que um carcereiro, escondido, jogou uma garrafa na cela. Genoino nunca viu o rosto dele. Eleito deputado federal, contou o episódio em uma entrevista e o policial se apresentou.
Embora todos os condenados do PT se definam como "presos políticos", o deputado licenciado é o que mais preocupa a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os dirigentes do partido. "A prisão, para ele, é uma sentença de morte", resumiu Renato Simões (SP), secretário de Movimentos Populares do PT, que ocupa a vaga de Genoino na Câmara.

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