quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sobre educação e capitalismo

Quando dizemos "capitalismo" queremos expressar a organização entre as pessoas, que oferecem serviços e produtos umas às outras de modo a "levar alguma vantagem" e, conseqüentemente, oferecer uma contribuição ao mundo.
Qualquer um quer e precisa "ter lucro", pois é assim que geramos riqueza, que é algo que se cria, não se distribui. Não é porque um tem menos que outro tem mais.
Qual a vantagem de os EUA ficarem riquíssimos e cercados por países miseráveis prontos a qualquer loucura para ter parte dessa riqueza? Com quem eles iriam negociar, a quem eles iriam vender? Qual a vantagem de eu ser rico cercado por uma horda de vizinhos famintos?
Da mesma maneira que seria melhor para mim que meus vizinhos tivessem boas condições de vida, o capitalismo vive da riqueza, não da pobreza. São trocas voluntárias onde cada um troca algo que lhe é de menor valor por algo de maior valor. O dinheiro, para o verdureiro, tem maior valor que o tomate que ele vende. Para a dona-de-casa é o contrário, ela prefere naquele momento os tomates que o dinheiro que eles valem.

E o conceito de riqueza aqui extende-se pelo imaterial: pela cultura, educação e pelo conhecimento.
Uma escola privada nada mais é que profissionais, pessoas como eu e você, que oferecem seu trabalho da melhor maneira possível para obter algum tipo de lucro.
Essa escola irá aplicar os métodos e as instalações que lhes forem possíveis e convenientes para satisfazer, não suas próprias vontades, mas as vontades de seus clientes (alunos).
O monopólio da educação nas mãos do estado gera burocracia, ineficiência, desvio de recursos, má qualidade de ensino, doutrinação política...

Sem contar que "direito", no Brasil, é algo imposto. Todos têm "direito" à educação - se alguém não concordar com o que é ensinado numa escola pública vai preso se educar o filho em casa. Todos têm direito ao voto - se você não votar, não tira mais documento algum. E por aí vai.

Um governo não poderia nem conseguiria implantar a privatização de todas as universidades públicas por decreto, numa canetada. A pressão seria imensa.
Teria que haver uma situação de crescimento econômico, redução da carga tributária, da burocracia, poupança, etc, para daí então sugerir a discussão, baseado em debates, discussões e informação.

Temos que argumentar com elegância mas também enfiar goela abaixo do brasileiro a mentalidade empreendedora, deixar de lado o pensamento de se esperar tudo do estado.
There's no free lunch!"

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