quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Gezuis, apaga a luiz!


No aniversário de 100 anos da mãe de Chico Buarque, realizado em sua cobertura no Rio, estavam presentes Niemayer, Lula, Dilma e toda sorte de esquerdistas, a nata da esquerda-chique.


E, para homenageá-la, o "frei" Betto recitou seu próprio Pai Nosso.Sim, a oração ensinada por Jesus Cristo não estava correta para esse senhor e ele achou por bem modificá-la.


A coitada da véia teve que viver 100 anos para ouvir isso. Espero que ela esteja caduca o suficiente para não entender tamanha imbecilidade:



Pai-nosso que estais no céu, e sois nossa Mãe na Terra, amorosa orgia trinitária, criador da aurora boreal e dos olhos enamorados que enternecem o coração, Senhor avesso ao moralismo desvirtuado e guia da trilha peregrina das formigas do meu jardim,



Santificado seja o vosso nome gravado nos girassóis de imensos olhos de ouro, no enlaço do abraço e no sorriso cúmplice, nas partículas elementares e na candura da avó ao servir sopa,
Venha a nós o vosso Reino para saciar-nos a fome de beleza e semear partilha onde há acúmulo, alegria onde irrompeu a dor, gosto de festa onde campeia desolação,



Seja feita a vossa vontade nas sendas desgovernadas de nossos passos, nos rios profundos de nossas intuições, no vôo suave das garças e no beijo voraz dos amantes, na respiração ofegante dos aflitos e na fúria dos ventos subvertidos em furacões,



Assim na Terra como no céu, e também no âmago da matéria escura e na garganta abissal dos buracos negros, no grito inaudível da mulher aguilhoada e no próximo encarado como dessemelhante, nos arsenais da hipocrisia e nos cárceres que congelam vidas.



O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e também o vinho inebriante da mística alucinada, a coragem de dizer não ao próprio ego, o domínio vagabundo do tempo, o cuidado dos deserdados e o destemor dos profetas,



Perdoai as nossas ofensas e dívidas, a altivez da razão e a acidez da língua, a cobiça desmesurada e a máscara a encobrir-nos a identidade, a indiferença ofensiva e a reverencial bajulação, a cegueira perante o horizonte despido de futuro e a inércia que nos impede fazê-lo melhor,



Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e aos nossos devedores, aos que nos esgarçam o orgulho e imprimem inveja em nossa tristeza de não possuir o bem alheio, e a quem, alheio à nossa suposta importância, fecha-se à inconveniente intromissão,



E não nos deixeis cair em tentação frente ao porte suntuoso dos tigres de nossas cavernas interiores, às serpentes atentas às nossas indecisões, aos abutres predadores da ética,



Mas livrai-nos do mal, do desalento, da desesperança, do ego inflado e da vanglória insensata, da dessolidariedade e da flacidez do caráter, da noite desenluada de sonhos e da obesidade de convicções inconsúteis,
Amemos.

Segundo o próprio "frei" Betto, "Procurei dar um toque poético para permitir que seja rezado em forma de meditação louvativa e penitencial."


- “amorosa orgia trinitária”;


- “Senhor avesso ao moralismo desvirtuado”;


- “beijo voraz dos amantes”;


- “âmago da matéria escura e na garganta abissal dos buracos negros”;


- “vinho inebriante da mística alucinada”…


E, convenhamos, transformar o "amen" em "amemos" é a coisa mais imbecil que já vi. A "oração" toda é digna de um desmiolado de quinze anos. Patético.



Só a título de ilustração da tamanha religiosidade do tal "frei", vejam seu comentário no site da Universidade de Brasília, Centro de Estudos Cubanos/Homenagens/Che Guevara (hahaha): “Com muita razão disse-me Fidel em maio de 1985, “se Che fosse católico e pertencesse à Igreja, teria todas as virtudes para que se fizesse dele um santo. Suas virtudes e a força moral de seu exemplo justificam a veneração que em todo o mundo se nutre por ele.”


Depois, como se não bastasse, "frei" Betto ainda distribuiu na tal festa textos de sua "Ave Maria". Esse "frei" realmente não sabe escolher presentes de aniversário... Preparem seus Engovs:



Ave Maria latino-americana


Ave Maria,


grávida das aspirações de nossos pobres,


o Senhor é convosco,bendita sois vós entre os oprimidos,


benditos os frutos de libertaçãodo vosso ventre.


Santa Maria, mãe latino-americana,rogai por nóspara que confiemos no Espírito de Deus,


agora que o nosso povo assume a luta por justiça


e na hora de realizá-la em liberdade,


para um tempo de paz.


Amém!



Bizarro, herege, lixo. A religiosidade desse louco está com as mãos sujas com o sangue das 100 mil vítimas de Fidel Castro e Che Guevara. Repousa sobre os 100 MILHÕES de mortos do socialismo mundial.


Mas o Senhor, em Sua imensurável benevolência, ainda atende a seus pedidos. Especialmente ao pedido feito na tal "Oração ao pássaro":



Senhor, tornai-me louco, irremediavelmente louco


Como os poetas sem palavras para os seus poemas,


As mulheres possuídas pelo amor proibido,


Os suicidas repletos de coragem perante o medo de viver,


Os amantes que fazem do corpo a explosão da alma.


Dai-me, Senhor, o dom fascinante da loucura


Impregnado na face miserável do pobre de Assis,


Contido nos filmes dionisíacos de Fellini,


Resplandecente nas telas policrômicas de Van Gogh,


Presente na luta inglória de Lampião.


Quero a loucura explosiva, sem a amargura


Da razão ética das pessoas saciadas à noite pela TV,


Da satisfação dos funcionários fabricantes de relatórios,


Dos deveres dos padres vazios de amor,


Dos discursos políticos cegos ao futuro.


Fazei de mim, Senhor, um louco


Embriagado pelo vosso amor,


Marginalizado do rol dos homens sérios,


Para poder aprender a ciência do povo


Em núpcias com a Cruz que só a Fé entende


Como um louco a outro louco.




Não deu outra: ficou louco. Moral da história: "Cuidado com o que desejas".


Outro moral da história: Não convide Satã para seu aniversário de 100 anos".



Mas eis que encontro outra versão do Pai Nosso, igualmente materialista, comunista e da teologia da libertação:


PAI NOSSO DOS MÁRTIRES



Pai nosso, dos pobres marginalizados


Pai nosso, dos mártires, dos torturados.


Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida,


Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida


Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão


Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão.


Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador,Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor.


Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões.O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões


Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte,Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é mais forte.


Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos


Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos


Pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos


Pai nosso, dos pobres marginalizados


Pai nosso, dos mártires, dos torturados.

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