sábado, 16 de agosto de 2008

Poética política


Por que o coletivismo, comunismo e congêneres são tão mais
"simpáticos"
às pessoas que o individualimo, capitalismo e afins?

É uma questão poética, musical, é um problema de sonoridade; é que "individualismo" não soa bem. Ou melhor, o termo já está contaminado pela lavagem cerebral coletiva.

"Coletivismo" (ou comunismo) soa bem e remete à ajuda mútua, ao bem-comum. Quem vai negar que ninguém vive sozinho, que vivemos em sociedade?

As pessoas só se esquecem que riqueza é algo que se gera e que não há almoço grátis. E que elas mesmas, ainda que sem querer, colaboram umas com as outras movidas pela própria motivação pessoal. "Coletivo" é uma abstração - o que existe são indivíduos.

É preciso especificar: estamos falando de individualismo FILOSÓFICO. Não é sinônimo de egoísmo, não é negar que não vivemos sozinhos, não é egoísmo.

O individualismo filosófico é a afirmação do indivíduo sobre um ente coletivo, uma abstração. É a tentativa de mostrar que as pessoas geralmente cuidam melhor delas mesmas do que o estado, o partido, o "povo", ou o Subsecretário Geral da Subrelatoria do Departamento de Subcomissões de Pesquisas Estatísticas.

É a promoção da responsabilidade individual, da cultura, moral, empreendedorismo e da livre iniciativa. O individualismo, em suma, é a apologia à liberdade.

Ou reafirmamos isso sempre ou mudamos o nome; de "individuaismo" para talvez pessoísmo, vocesismo, responsabilismo ou sei lá o que mais.

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